quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Utilizando o Debian Lenny

O Debian é uma das maiores distribuições GNU/Linux existentes, ele tem uma enorme comunidade no mundo todo e seu sistema de pacotes é muito simples de ser utilizado, além de ser uma base para muitas outras distribuições famosas como o Knoppix, Kurumin e o Ubuntu.


Os novatos geralmente se confundem com o modo como o Debian é "versionado". No Debian temos o número da versão, a atual é a 4.0, e um codinome, existe, por exemplo, o Debian Woody, o Buzz, o Sarge... mas de onde vêm esses nomes? Da animação Toy Story! Cada versão do Debian ganha o nome de um personagem do filme. A versão estável atual é o Etch, que é a losinha mágica.
Mas espera aí, eu disse estável... Há outras? Sim há! As novas versões de programas que você conhece são adicionadas ao Debian instável, após um período de testes e adaptações ele passa para a versão de teste e se tudo correr no próximo lançamento Debian ele passa para a versão estável. Hum acho que confundi um pouco as coisas agora né?
Vamos pensar assim, o Amsn por exemplo, a versão mais nova dele (estável) é a 0.96, mas no Debian Etch (Atual Debian estável) a versão do Amsn é a 0.95, isso por que essa versão foi adicionada ao Debian Etch quando ele ainda era Teste, e quando ele passou a ser a versão estável o Amsn 0.95 veio junto. No Debian Lenny, que é a versão de testes atualmente o Amsn encontra-se na versão 0.96.
Mas a grande questão aqui é, eu posso usar o Debian versão de teste? Ele é seguro? Ambas as respostas são sim, a vantagem de utilizar o Debian teste é ter pacotes mais atuais, na verdade versões mais atuais, pois os pacotes da versão estável continuam sendo mantidos. Mas agora, como usar a versão de teste?
Simples você precisa apenas editar o arquivo /etc/apt/sources.list, se você ainda não conhece esse arquivo, deixe-me lhe mostrar como ele é, a formatação dele inclui linhas mais ou menos como essa:

deb http://ftp.debian.org/debian/ etch main contrib non-free

Um monte de coisa né? Mas não se assuste, olhe só o que cada coisa significa:

deb -> Aqui dizemos que queremos os pacotes com os binários, ou seja os programas em si, geralmente essa linha vem acompanhada de uma outra igual apenas trocando o deb por deb-src, o que significa que também queremos ter a opção de baixar os fontes dos programas.

http://ftp.debian.org/debian/ -> Essa linha diz qual é o servidor que o sistema busca para baixar os pacotes, existem muitos servidores com pacotes extras, eu mesmo só utilizo os pacotes do servidor oficial e o multimidia.

etch -> Aqui é que a mágica de troca de distribuição acontece, como você pode ver a minha opção é etch, ou seja o Debian estável atualmente, mas eu poderia usar o nome stable, para indicar que quero a versão estável não importa o codinome dela. Você pode usar aqui o nome testing para o Debian teste que é o Lenny atualmente, pode usar também unstable que é o Debian que recebe mais pacotes atualizados, mas é o instável, seu uso não é recomendado a não ser que você consiga resolver possíveis problemas. O codinome do Debian instável é Sid, Sid é o vizinho malvado no filme Toy Story, ser instável é bem a cara dele certo?

main contrib non-free -> Aqui são definidos os tipos de pacotes que você quer no seu sistema, "main" são os pricipais pacotes de software do Debian e os que utilizam licenças de software livre, "contrib" são os pacotes de software livre mas que contém alguma dependência de outros pacotes ou softwares não livres, e "non-free" que são so softwares cujas licenças impõem restrições de uso ou distribuição.

Agora que você já conhece um pouco melhor a estrutura do Debian fica fácil fazer a troca de versão. Utilize o editor de texto de sua preferência para alterar o arquivo /etc/apt/sources.list trocando o nome versão do Debian. No meu caso eu coloquei Lenny. Depois disso salve o arquivo, atualize a lista de pacotes e por fim faça a atualização do sistema... Como? Assim: Digite esses comandos como usuário root:

# aptitude update

# aptitude dist-upgrade

Você pode perfeitamente utilizar duas ou mais versões do Debian de uma vez, mas lembre-se de colocar uma linha para cada versão. Fora isso tenha em mente que o apt vai buscar sempre a versão mais atual do pacote, ou você pode escolher a versão à ser instalada utilizando o aptitude.

Bem, por hoje é só e boa sorte com seu novo Debian =)

InFog

sábado, 11 de agosto de 2007

Kiba-Dock

Olá, hoje estou aqui para falar do Kiba-Dock, uma aplicação muito legal para quem gosta dos famosos "docks". Existem gerenciadores de janelas para o Gnu/Linux que utilizam esse conceito de docks, um famoso é o Window Maker. Esse conceito de dock é muito legal, são um tipo de icones encaixáveis que podem mostrar atalhos para as aplicações ou as aplicações minimizadas. Neste link você pode ver um screenshot dele, repare nos docks à direita e à esquerda. Tá pode parecer simples e ultrpassado, mas quando você se acostuma com esse tipo de recurso ele se torna muito útil.
Agora imagine-se unindo essas funcionalidades à beleza dos atuais desktops 3D, você pode conseguir efeitos legais como esse:

Esse é o Kiba-Dock.
Vou demonstrar aqui a maneira de instalação do Kiba-Dock via apt. Fica mais fácil assim =)
Bem vamos lá, essas dicas são para o Ubuntu 7.04, mas aqui você encontra mais instruções para outras distros.
Adicione essas linhas ao arquivo /etc/apt/sources.list:

deb http://download.tuxfamily.org/3v1deb feisty eyecandy
deb-src http://download.tuxfamily.org/3v1deb feisty eyecandy

agora:

$ sudo aptitude update

$ sudo aptitude install kiba-dock kiba-dock-plugins

Prontinho, seu Kiba-Dock está instalado e pronto para usar =)

Vá ao menu aplicações->acessórios->Kiba-Dock e bom trabalho/diversão.

InFog

sábado, 4 de agosto de 2007

Instalação de Fontes no Ubuntu

Recentemente resolvi dar um "Upgrade" no meu Gimp e no Inkscape com novas fontes. Mas porque colocar as fontes novas apenas para eles? Resolvi então colocar as novas fontes no sistema.
Bem, mas o primeiro passo é conseguir as fontes =). No site NetFontes há uma porção delas e o melhor é que são free.
No Debian (Meu Notebook) foi bem simples, bastou criar uma nova pasta em /usr/share/fonts, por exemplo /usr/share/fontes/extras, colocar as novas fontes lá e reinicias o programa que eu quero que use as fontes.
Já no Ubuntu não foi bem assim :-( Nele além de colocar as novas fontes é necessário rodar o comando:

$ sudo defoma-font register-all /usr/share/fonts/extras/* -v

o DEFOMA é o Debian Font Manager, um utilitário de configuração automática de fontes.

InFog

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Praticidade com o htop

Há casos em que o software livre nos mostra como é boa a liberdade, como a liberdade pra escrever um programa baseado em outro. Os programas top e htop são um bom exemplo disso.

Quem já tentou monitorar processos com o comando top sabe o quanto ele não é amigável. É aí que eu lhes apresento a versão user friendly dele, o htop.

A instalação no Debian e derivados é super tranquila, basta um "aptitude install htop" e pronto.

Veja uma screenshot completa para conhecê-lo melhor:



Se a sua máquina tiver processador de núcleo duplo, ele é capaz de mostrar o uso de cada núcleo! Com ele você também pode ordenar os processos por algum dos campos:


Um caso típico de praticidade é na hora de enviar um sinal (kill por exemplo) para determinado processo:


Também é excelente para os administradores de sistemas GNU/Linux rapidamente mudarem a prioridade de determinados processos, simplesmente apertando F7 ou F8.

Instale e teste cada função, o menu inferior baseado nas teclas de função (F1 ao F10) torna tudo muito fácil e prático!


[]'s a todos os Tuxers!